quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Remodelando hábitos: homem X mulher


O assunto “violência contra a mulher” ou a chamada “violência doméstica” implica muitos fatores e cada um deles, envolve todo um contexto de educação, hábito, machismo, sentimento de posse, e pasme: a forma diferenciada como nós mulheres educamos e cuidamos dos nossos filhos, geralmente diferenciando as tarefas entre filhas e filhos.

É comum ouvir a esposa reivindicar a ajuda do esposo no cumprimento das tarefas domésticas. Mas esta mesma mulher, geralmente não educa o filho do sexo masculino, criando nele o hábito de ter alguma tarefa – por mínima que seja – no ambiente familiar.

Cabe também a nós mulheres ‘remodelar’. Precisamos acreditar, defender e transmitir a ideia que homem pode – e deve – ajudar a cozinhar, a lavar louça, lavar as próprias cuecas, varrer e passar pano na casa, colocar o alimento no próprio prato, colocar o prato sujo na pia... É simples: ele trabalha fora, a mulher também. Ela tem as tarefas domésticas, ele também.

Não é bicho de sete cabeças. Pelo contrário: já pensou uma família onde todos colaboram na cozinha, conversando, rindo, cozinhando, lavando louça, organizando o espaço? É simples, prazeroso e aconchegante. Além disso, todo mundo colaborando, o resultado vem mais rápido e ninguém fica sobrecarregado ou estressado com acúmulo de obrigações.

Quando estes ‘detalhes tão pequenos de nós dois’ forem solucionados com toda simplicidade que lhes cabe, o restante flui naturalmente, principalmente o sentimento de respeito e igualdade de direitos.

E se há respeito e igualdade de direitos, a violência não entra neste contexto familiar. 

Anna Jailma

Esponja

Há pessoas que absorvem o que outros pensam, falam e determinam. E depois de absorverem, apenas inundam-se com o pensar - e a determinação - do outro. Elas são meras esponjas. Estão sempre à espera de um comando de voz. É muito difícil para elas argumentarem, terem um pensamento independente. E por isso elas estão sempre a procura do que o outro pensa, do que o outro fala, porque elas não agem, elas somente reagem.

Há outras que analisam o que vêem, pesquisam, duvidam, comparam, contextualizam o que escutam com o que podem captar pelo próprio olhar. Estas pessoas vivem à mil por hora, parecem estranhas no mundo que vivem e são pouco compreendidas.


As "esponjas" dizem: por que elas insistem tanto em pensar, em questionar, em duvidar, em se impor? Por que esta sede de viverem com tanta intensidade, sempre em movimento, preocupando-se com tudo que os rodeia? Por que observam tanto o mundo, se mais simples seria observar somente o próprio umbigo? 

Ora, é tão simples: estas pessoas não são "esponjas". Só isso: não são esponjas.

Anna Jailma