segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Esperança partiu, mas a vida ficou






De repente, ela calçou os sapatos - que eram sempre jogados num canto qualquer - e pegou a mala sem alça, pesada, que ela nunca fazia questão de usar.

O riso foi calando, fechando-se no rosto de esperança. Ela não chorava, não gemia, não tinha emoção alguma...nem riso, nem choro.

Esperança partiu sem olhar para trás. Com a mala sem alça e os sapatos, que ela só usava para viagens longas... ela partiu.

E o balanço continuou a balançar, e o sol continuou a brilhar...e a brisa continuou seu papel. E embora, nada estivesse como antes, tudo continuava no mesmo ritmo porque a Vida, a vida continuava saltitante para quem - diferente da esperança - não partiu, ficou.

Anna Jailma.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Pensando...


"Pior do que ser escravo, é ser escravo e pensar que é livre." [Anna Jailma]

Harriet, uma mulher que de tanto libertar seu povo, foi apelidada de "Moisés"




Hoje – somente hoje – descobri a história de Harriet Tubman, uma americana abolicionista, humanitária, olheira armada e espiã do Exército dos Estados Unidos durante a Guerra Civil Americana.

Ela nasceu em 10 de março de 1913. Mas escapou da escravidão, efez treze missões para resgatar cerca de setenta famílias e amigos escravizados, usando a rede de ativistas abolicionistas e casas seguras conhecida como Underground railroad. Mais tarde, ela ajudou o abolicionista John Brown a recrutar homens para a sua invasão em Harpers Ferry, e na era do pós-guerra foi uma participante ativa na luta pelo voto feminino.

Nascida escrava no Condado de Dorchester, Maryland, ela foi espancada e chicoteada por seus vários mestres quando era criança. Ela era uma devota cristã e experimentava estranhas visões e sonhos vívidos, que chamava de premonições de Deus. Em 1849, Tubman escapou para Filadélfia, mas logo em seguida voltou a Maryland para resgatar sua família. Lentamente, levando um grupo de cada vez, ela tirou seus parentes do estado, e, eventualmente, guiou dezenas de outros escravos para a liberdade, sendo por isso apelidada de “Moisés”. Viajando de noite e em segredo extremo, "nunca perdeu um passageiro". Suas ações irritavam donos de escravos, e eles colocaram recompensas para sua captura. Após a Lei do Escravo Fugitivo de 1850 ser aprovada, Tubman ajudou a guiar fugitivos mais ao norte na América do Norte Brit e ajudou os escravos recém-libertados a encontrar trabalho. Quando a guerra civil começou, Tubman trabalhou para o Exército da União, pela primeira vez como cozinheira e enfermeira, e depois como olheira armada e espiã. Sendo a primeira mulher a liderar uma expedição armada na guerra, ela guiou o ataque em Combahee Ferry, que libertou mais de 700 escravos. Após a guerra, ela retirou-se para a casa da família na propriedade que tinha comprado em 1859 em Auburn, Nova Iorque, onde ela cuidou de seus pais idosos. Era ativa no movimento pelo sufrágio feminino até ficar doente, tendo que ser internada em um lar para idosos afro-americanos que ela havia ajudado a estabelecer anos antes. Depois que ela morreu, em 1913, Tubman se tornou um ícone de coragem e liberdade americana. Em 20 de abril de 2016, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou um plano para Tubman substituir Andrew Jackson na nota.

Anna Jailma